quinta-feira, 8 de julho de 2010

Destino

Êhhhh... destino!
Cavalo doido,
desembestado a correr.
Seguro forte as rédeas suas.
Gira mundo, corre vales
e sempre me deixa a mercê.
Entre vendaváis e furacões,
na cabeça o elmo
temm o peso de mil vagões,
levando nas férreas linhas de uma vida,
riso e choro, suor e cerveja
e canções para servir em bandejas;
Nos requintados salões da ironia
tão de repente,
da noite pro dia...
faço água virar vinho,
multiplico pães
e pairo sobre a cidade
em cima do mar
de gente!

Sandra Vianna 08/07/2010

sábado, 3 de julho de 2010

Semente

Eu não calo,
só falo do que com alegria
posso sentir.

E não falo, se percebo para isso,
a necessidade de mentir.
Eu não ouço
o que os meus ouvidos

não pode enternecer.
E não vejo
quando imagens eu sei

que vou distorcer

Me divido em tempos
e escolho as emoções
Já enfrentei os meus bandidos,
perdi até pros ladrões
Primeiro é comigo
a minha própria interação
Na minha mente não existe mais
nenhuma confusão

Desafio o ser humano
a sua própria condição.
Necessito
Mas é em cada átomo do meu ser...

o todo,
o tudo!!!

Sou forte
sou frágil,
agressiva
e serena
sou só
mulher
semente fecunda
em sua alma a viver
vivo
em você.

Paulicéia

Quando a Lua cresendo
é uma risada torta
na boca do ceu
da avenida Paulista
e os faróis dos carros
que vão vermelhos
e vem prateados
se confundem com o brilho das estrelas
a cidade me conquista.

Entre concreto e asfalto
procuro sua pista
transformo nós dois em magia
música, letra e poesia

Eu me exponho
e viro artista
em algum palco
dos Jardins ou Bela Vista.